É um dos mais extensos estágios
psicossociais e resume-se no conflito entre educar, cuidar do futuro, criar e
preocupar-se exclusivamente com os seus interesses e necessidades. Usualmente
dá-se desde os 30 aos 60 anos, não havendo porem uma idade comum a todas as
pessoas. «Serei bem sucedido na minha
vida afectiva e profissional?»; «Produzirei algo com verdadeiro valor?»;
«Conseguirei contribuir para melhorar a vida dos outros?».
Bem mais do que educar e criar os
filhos representa uma preocupação com o contentamento das gerações seguintes,
uma descentração e expansão do Ego empenhado em converter o mundo num lugar
melhor para viver, como tal, a generatividade representa o desejo de realizar
algo que nos sobreviva. Se o desenvolvimento e descentração do Ego não ocorre,
ou seja, se se dá o fracasso na expansão da generatividade, o indivíduo pode
estagnar, preocupar-se quase unicamente com o seu bem-estar e a posse de bens
materiais.
"A virtude própria deste estágio é o cuidado, a inquietação com os outros, o querer fazer algo por alguém."
"A virtude própria deste estágio é o cuidado, a inquietação com os outros, o querer fazer algo por alguém."
Integridade Versus Desesperança – Velhice:
A última idade do desenvolvimento
psicossocial é marcada por um olhar retrospectivo, que faz com que, ao
aproximarmo-nos do final da vida sentimos a necessidade de aquilatar o que dela
fizemos, revendo escolhas, realizações, opções e fracassos.
Nesta etapa da vida a questão que se coloca é
«Teve a minha vida sentido ou falhei?». Esta última idade ocorre frequentemente
a partir dos 60 anos. Na duplicidade emocional «integridade versus desespero»,
a integridade indica que o indivíduo considera positivo o seu percurso vital,
ou seja, toma consciência que a vida teve sentido e que foi feito o melhor
possível dadas as circunstâncias e as suas capacidades.
Reconcilia-se com a mágoa e a angústia,
e encara a existência como algo positivo. Se o avaliamento da existência é
negativa, se sentimos que desaproveitamos o nosso tempo e não concebemos quase
nada, existe o desejo de retroceder, de readquirir as oportunidades perdidas,
de reformular opções e escolhas. A
ritualização neste último estágio, pode ser chamada de integral. Ao tentar
encontrar um ritualismo correspondente,
A sabedoria é a virtude
resultante da última fase da vida, a percepção de que não vivemos em vão, «A
sabedoria, então, é a preocupação desprendida com a vida em si». (Erikson, Apud., Calvin S. Hall;
Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.175)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja Benvindo, deixe seu comentário: