Saudades só saudades...
Que saudades de quando
eu era criança, onde tudo era novidade,
onde os pais eram a própria saudades, onde não havia maldade,
Que saudade, de andar
de pé no chão, de fazer meu próprio chinelo, de andar até grande nu, por não ter
uma roupa para vestir,
Que saudades, que desde
pequeno já trabalhávamos, buscávamos lenha, pós de serra e água na cabeça para
encher tambor, onde mesmo com fome, não faltava amor,
Que saudades do rio
santo Antonio, e todos os santos, onde a água era límpida, onde banhávamos e as
mulheres lavavam roupas,
Que saudade, do respeito
que agente tinha, de dar benção aos mais velhos e aos pais de joelho no chão,
Que saudades, do
respeito aos meus pais, onde a surra podia ter, mas nunca o ódio poderia
prevalecer,
Que saudades dos meus
brinquedos, onde cortava borracha , latas e tábuas, pra fazer meu próprio
carrinho,
Que saudades daquele
tempo, onde tudo era difícil, onde ricos tinha bicicleta e o pobre de pé no
chão,
Que saudade, da necessidade
que batia, onde a comunidade era a parentela,e nos barracos o que fechava as
portas era a taremela.
Ai, que saudades,
quando a saudades bate; dar uma dor; pois quando era criança, não tínhamos maldade,
e no mundo, existia mais amor...
Que saudades da paz, e
do sossego que Teófilo Otoni tinha, e
onde a viatura de policia era um fusquinha.
Hoje a juventude não vê
mais isso, é tudo luxo, carro moto, avião, mas daqui saiu o sossego, e nas
noticias, hoje só ouve pertubação.
Que saudades da PRAÇA Tiradentes,
onde lá tinha televisão, que tudo ali nos trazia paz, e os macacos, preguiças e
todos os bichos, nos dava animação.
QUE SAUDADES de tudo do
passado: Não volta jamais...
Só saudades
Autor: Edivaldo Silva
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